Mostra coletiva aborda a questão do processo artístico na obra de cinco artistas contemporâneos
O Sesc Copacabana apresenta de 21 de julho a 8 de outubro de 2023 a exposição Processos e Procedimentos, com texto curatorial de Jean Carlos Azuos, a coletiva reúne os trabalhos dos artistas Ana Hortides, Iah Bahia, Mapô, Silvana Marcelina e Vinícius Pinto Rosa, naturais e residentes do município do Rio de Janeiro e da cidade vizinha, Niterói. A mostra foi contemplada pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar.
A mostra busca abordar a ideia do processo artístico no desenvolvimento das suas pesquisas, considerando as experimentações e especificidades, desenvolvidas a partir do incomum de cada poética. Jean Carlos Azuos aponta que: “A exposição deriva de terrenos de escutas coletivas e compartilhamentos entre processos artísticos. Desenha no espaço pontes entre as subjetividades, repertórios, arquivos e cosmo percepções reveladas nas camadas de criação, convivência e aprofundamento dos trabalhos, e, concatena as ordinariedades dos materiais às urgências estéticas, plasticidades das pesquisas e seus desdobramentos. Por rotas distintas, as poéticas nos conduzem paras as superfícies, porosidades e mistérios visuais que rebatem no corpo, gesto, na memória e nas inscrições, estabelecendo rizomas e flertes conceituais entre as diferentes linguagens contemporâneas.”
“Processos e Procedimentos” procura incentivar a produção artística e o debate em torno das questões levantadas por cada artista no contexto da arte contemporânea nacional. Nos trabalhos expostos, a artista Ana Hortides levanta questionamentos ao abordar politicamente o espaço da casa, partindo da ideia do morar e do repertório suburbano; Iah Bahia por uma visão relacional-ética com a matéria, mas também, através do seus gestos e proposições de repensar o espaço habitado; Mapô desenvolvendo uma poética que caminha pelo viés da espiritualidade; Silvana Marcelina discutindo a questão de classe e as relações de trabalho; Vinicius Pinto Rosa por meio de uma ideia outra de corpo que dialoga com os dispositivos que desenvolve e que se acoplam sobre a superfície da pele.
A exposição explora a diversidade de abordagens e perspectivas dos artistas em relação aos processos de criação implicados na realização de seus trabalhos, que serão discutidos e apresentados em uma visita guiada na ocasião da abertura da exposição e, posteriormente, em uma mesa de debates. Contribuindo, desse modo, para a aproximação com o público, fomentando o seu conhecimento e interesse pela arte contemporânea. Além disso, a mostra pretende promover a inclusão de pessoas com deficiência visual por meio da audiodescrição. Joana Nantes, produtora, explica: “Estamos empenhados em ampliar o acesso à exposição e garantir sua acessibilidade a diversos públicos. Todas as obras apresentadas contarão com QR code que direciona para audiodescrição. Acreditamos que é essencial promover uma experiência inclusiva e enriquecedora a todos os visitantes”.
